sábado, 22 de novembro de 2014

Piratear jogos atualmente é justificável?

   Resposta simples: Não!

   Vou começar essa matéria já defendendo meus pontos:
   É aceitável para aquele pai trabalhador, que não joga, tem suas contas para pagar, recebe pouco e quer dar um pouco de alegria para suas CRIANÇAS, tudo bem! Ele consegue tudo com esforço e quer harmonia na família, e seus filhos não tem condição de satisfazer as próprias vontades. Hoje em dia esses pais que desconhecem sobre video-games estão cada vez mais escassos, e os jogadores estão se tornando pais.
   É aceitável quando o jogo original está inacessível, principalmente quando o vídeo game se torna obsoleto, por exemplo o Wii em que muito dos seus jogos são raros de encontrar, ou o PS2 na época e por aí vai. Na minha cidade mesmo nunca vi jogo original do PS2 ou do Wii. Hoje em dia todo console tem uma store, onde fica fácil pesquisar preços, para o PC então, nem se fala (explicarei melhor mais a baixo).
   É aceitável emular (polêmica!) quando não se encontra mais o console à venda e menos ainda jogos novos, por exemplo, PSOne, Dreamcast, Game Cube, que nem se quer são rentáveis. Para os puristas é melhor comprar o console usado.
   Me refiro apenas a jogos e consoles novos, pois usados é "quase pirataria", considerando que é uma licença para cada e ela já foi usada. Claro que quem vende perde a posse, e "dá licença" para outro usuário, justo não? Porém para a empresa não é assim. No mundo dos PCs é comum ver avisos de 1 serial por máquina/pessoa/conta. Por isso deixarei de citá-los.
   "Ah os jogos no Brasil são caros!", não é tão mais caro, e as vezes é mais "em conta" do que lá fora, vejam bem o dólar hoje está R$ 2,522, os jogos são lançados lá fora por 60 dólares em média, em conversão direta ficaria em R$151,32. A maioria dos jogos aqui são vendidos a R$199, aí tira taxas de importação, impostos, lucros das lojas que costuma ser grande, e geralmente costumam aplicar o frete nesse valor. Vamos lá, 200-152=48, 48 reais que entrega nas mãos dos outros. Bom, pegarei o Call of Duty Advanced Warfare de exemplo (lançado faz 19 dias), o jogo hoje é vendido na Gamestop por $59,99, daí fiz uma pequena busca no Buscapé e na Steam.


   E o que temos? Você encontra o jogo por R$173,90 mais frete (aqui, interior de minas fica em R$15), podendo ser dividido em 5x sem juros, daí voltando à aquela continha temos R$22 de taxas, pra PC então nem se fala, na Gamestop está $59,99 (versão digital) e na Steam brasileira se encontra por R$109,99... Quase R$50 a menos, isso porque a Activision tem fama de mercenária, outras produtoras costumam ultrapassar esse valor de desconto. E outra, várias lojas costumam fazer boas promoções, Veja essa promoção relâmpago do Assassins Creed Unity (lançado há 11 dias) no Ponto Frio:


   Um lançamento a R$130, não mata ninguém! Esse foi só um exemplo, o Ponto Frio mesmo costuma fazer umas promoções de R$99. As stores digitais também fazem algumas promoções. Isso para consoles, no PC então... Já cansei de comprar lançamentos a 60~70R$, vejam a minha matéria sobre lojas no PC, dou várias dicas para ficar por dentro de promoções. E digo mais: quem precisa comprar em lançamento? Ninguém! Os preços caem consideravelmente com o tempo, e não perdem sua qualidade, não é porque o jogo tem 2 ou 3 anos faz dele ruim! 
   "Ah mas lá fora o salário mínimo é $1000, um jogo é menos de 1/16 do salário", pra mim esse é o argumento mais patético que alguém pode citar, comparar um país de "1° mundo" com um "emergente" é ridículo. O problema maior está no Real, que impede de que tenhamos poder de compra de produtos estrangeiros, ou vai dizer que o justo seria o salário mínimo do brasileiro ser de R$2522 para equivaler a lá fora? Infelizmente não é a realidade do Brasil, se o Real pelo menos se aproximasse do valor do dólar, nossa vida seria outra! Um outro detalhe que acho bobo nesse argumento é as pessoas medirem salários de acordo com o salário mínimo, isso não se faz mais. Nunca irá acontecer de alguém oferecer um emprego e dizer "oh, você ganhará 2 salários mínimos", porque as empresas não dão aumento da mesma forma que sobe o salário mínimo. Outro ponto também, é que quem recebe um salário provavelmente não terá consoles novos, e uma dica se você recebe um salário mínimo, deveria usar esse dinheiro e investir em estudo para assim conseguir uma forma de se promover na vida, e com os jogos (muito provavelmente) não conseguirá.
   E isso é tão hipócrita, porque você vê muita gente por aí recebendo pouco e gastando quantias orbitantes em coisas ridículas. Tem muito cara aí gastando em rodas de carro um valor maior que do próprio carro! Sem contar o gasto adicional de colocar ele arrastando no chão, mais um som estridente de uns 2 ou 3 mil. Ou então pessoas que dão R$100 em uma garrafa de whisky e mais de R$100 em um convite para um evento que se bobear ainda acaba em brigas. Ou ainda criaturas que gastam mais de R$400 em um tenis... Brabo

   Bom, concluindo: 
   Não apoie a pirataria, de forma alguma! O Brasil tem ganhado mais destaque foi graças ao aumento considerável de pessoas que preferem os jogos originais, temos muito mais jogos localizados em português do que nunca!
   Os jogos são divertidos, mas nem de longe são essenciais. Se está achando um jogo caro, espere pacientemente que ele diminua o preço ou fique atento à promoções, se ainda assim quiser jogar, compre um jogo mais antigo, porque vale a pena. A pirataria prejudica sim as empresas, e se o alto preço te revolta, não desconte nas empresas e sim no governo, porque eles estão lá por nossa culpa e só nós poderemos mudar esse quadro!

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