quinta-feira, 7 de abril de 2016

Jogos Gratuitos (non-steam)

Aqui vou recomendar alguns poucos "joguinhos" disponíveis no repositório padrão do Ubuntu. Basta abrir seu gerenciador de pacotes, pesquisar e instalar, mais simples impossível.

  • Froggato (side-scroller)

Joguinho bem interessante e muito bem feito, possui uma arte muito boa, daqueles pixel art bem caprichado. A história é bem clichê, você é o Herói e precisa de salvar os coleguinhas, ele é em português então é sem erros. Possui uma jogabilidade bem responsiva, não é dos jogos mais fáceis mas também não chega a ser lá tão desafiador.




Vale citar: Super Tux 2, clone descarado do Super Mario, porém usando o querido mascote Tux, joguinho legal mas não é tão caprichado.

  • Hedgewars (estilo Worms)

Esse jogo é foda, para mim é melhor do que os mais recentes Worms. Ele possui uma jogabilidade muito semelhante ao Worms Armaggedon, principalmente no que se diz às cordas. Tem um modo chamado shoppa em que o único item inicial é a corda, se procurar no youtube verá muito cara viciado. Deixo aqui esse link do trailer ÉPICO do jogo.



Vale citar: A série Worms tem jogos que suportam Linux, basta dar uma olhada na Steam. Há também o Warmux nos repositórios, mesmo estilo mas falta capricho.

  • Minetest (estilo Minecraft)

Joguinho minúsculo, não há muito o que dizer sobre, afinal não sei nem o que dizer sobre o Minecraft, mas para crianças, é um bom "joguinho de Lego". O contra (ou favor) é que ele vem totalmente cru, dependendo da instalação de MODs, não é difícil instalar e o bom é que pode facilmente deixar ao seu modo, basta ir ao site oficial e pesquisar pelas suas -crescentes- comunidades.



Vale citar: Minecraft é oficialmente suportado para o Linux, mas já sabe, não demora a Microsoft cortar o suporte a versão Java. Há também o Terasology, gratuito, porém não está disponível no repositório oficial, precisando de um repositório de terceiro como o PlayDeb (ensinarei mais abaixo).

  • Super Tux Kart (corrida)

Super Tux Kart não deve nada para outros clones do Mario Kart, muitos personagens e muitas pistas. A jogabilidade não difere muito dos outros, seus gráficos são bons. Para quem quer se divertir sem gastar um trocado, é uma boa pedida.



Vale citar: Extreme Tux Racing, esse é um jogo minúsculo em que você controla o pinguim deslizando na neve buscando pegar o máximo de peixes no caminho. Speed Dreams no PlayDeb.

  • Open Arena (fps)

Construído em cima do ioquake3, que é um "clone" do id Tech 3 que por sua vez é o motor do Quake III. Nada mais nada menos que o Quake III open source, nostalgia pura!



Vale citar: Nexuiz, Sauerbraten ambos com jogabilidade bem parecidas com OA, e também o Urban Terror no PlayDeb.

  • Pingus (estilo Lemmings)

Já ouviu falar em Lemmings? Se você jogou nos anos 90 provavelmente sim. Pingus você controla um bando de pinguins em que você deve levá-los até a saída da fase, isso dando comandos a cada um, como cavar, escalar, usar paraquedas, bloquear, etc. Tudo muito simples, um ótimo passatempo.




Vale citar: o Lemmings 95 funciona muito bem no WINE, caso queira conhecer os primórdios, ele é um "abandonware".

  • X-Moto (estilo Elasto Mania)

No Elasto Mania você controla um motoqueiro que precisa pegar todas as frutas da fase e ir para a saída, que é uma flor, sendo que a única coisa que não pode acontecer é tocar a cabeça do motoqueiro no chão ou no teto. O famoso jogo Trials se baseou nele em sua jogabilidade, já o X-Moto é exatamente igual. O incrível desse jogo é ver como o povo gosta de competir, ver a habilidade do pessoal batendo recorde mundial é foda.




Estes aqui foram só alguns exemplos de jogos simples, divertidos e gratuitos, disponíveis no repositório do Ubuntu. Lá tem vários outros que eu poderia citar, alguns clones, alguns remakes. Para quem quiser alguns a mais, tem o repositório do PlayDeb, para adicioná-lo é simples: Vá para a página oficial do Playdeb, clique no link em "Install the playdeb package", irá baixar o arquivo .deb, após o término do download basta executá-lo que será instalado automaticamente o repositório, depois disso acesse seu gerenciador de pacotes.

Para quem quiser ainda mais, tem a Steam disponível no repositório do Ubuntu, lá tem alguns bons jogos gratuitos para Linux, e obviamente pagos também. Mas para esse reservarei um post.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Guia de REDES

Vou falar um pouco sobre redes, como conectar, configurar (se necessário), compartilhar arquivos e compartilhar a internet.

  • Conectar a uma rede

Cabeada: este é plug n' play, conectou o cabo de rede e está pronto. Caso queira mudar alguma configuração como usar IP fixo por exemplo, ou você clica no ícone da rede ao lado do relógio e vá a opção Editar conexões, ou vá em Configuração do Sistema e em Redes, este segundo é o que eu usarei para os exemplos.


Depois de aberto as configurações de Rede, vá em "Com fio" e em Opções, na janela que abrir clique na aba Configurações IPv4, escolha o método manual e defina suas configurações

Wi-Fi: este também é bem simples, clique no ícone de rede ao lado do relógio e lá estará as redes disponíveis, clique na rede desejada, insira a senha e pronto. Caso a rede seja oculta, clique em "Conectar a uma rede Wi-Fi oculta..." crie  uma nova rede com o nome do Wi-Fi e pronto. Para configurar é a mesma coisa da rede cabeada, abra Rede, clique em Sem fio e no canto direito em frente ao nome da rede há uma seta para a direita para exibir os detalhes da conexão, clique em configurações. Na janela aberta vá em Configurações IPv4, escolha o Método Manual e faça suas configurações.


  • Compartilhamento de Internet

Conexão cabeada por Wi-fi: Caso seu roteador esteja com algum problema, você pode utilizar seu PC/Notebook para criar uma rede wireless, e passar a sua conexão por cabos para seus smartphones, consoles, etc.

Para fazer isso é simples, abra a central de Rede, em "Sem fio" clique no botão "Usar como ponto de acesso...", pedirá uma confirmação e pronto, lá terá os dados da rede e a senha.


Uma coisa inconveniente é que não consegue substituir a senha por ali, você precisa clicar no sinal de Wi-Fi  ao lado do relógio, clicar em Editar Conexões, depois em Hotspot e em editar, na janela que abrir clique na aba "Segurança Wi-Fi", ali você poderá colocar a senha que quiser.


Conexão Wi-Fi por cabeada: Este é um cenário um pouco mais peculiar, caso precise de internet em um computador que não tenha Wi-Fi, você pode usar seu PC/Notebook como um ponto de acesso. No meu caso eu uso porque tenho um PS3 com a placa wireless queimada, ou seja sem Wi-Fi e sem Bluetooth, então ligo ele no meu PC para assim poder conectar ao Wi-Fi.

O processo é muito simples, é exatamente o mesmo para configurar o IPv4 que citei acima: Abra configurações de Rede, vá em "Com fio" e em Opções, na janela que abrir clique na aba Configurações IPv4 e em método selecione "Compartilhado com outros computadores". Aqui eu não vejo muito como configurar, logo o recomendável é que no "cliente" esteja configurado como automático.


  • Compartilhamento de arquivos

Utilizando o Nautilus é bem simples de fazer, clique com o botão direito em uma pasta qualquer e vá em "Compartilhamento de rede local". Aparecerá uma janela assim:


Marque a caixa "Compartilhar esta pasta", a primeira vez que realizar esse procedimento, o sistema pedirá que instale o programa Samba, aceite, e depois de concluído, feche e repita o procedimento. Em Nome do compartilhamento coloque o nome desejado que será exibido em outros computadores, dê preferência a nomes sem acento, sem caracteres especiais e um nome curto. Em comentário pode deixar vazio. As caixas abaixo são claras, a primeira é para definir se poderá escrever ou editar arquivos na pasta, e a segunda é para não exigir nome de usuário, fica tudo a gosto do cliente.

Para acessar as pastas compartilhadas na rede, basta clicar em "Navegar na rede" no Nautilus, sem segredo.

terça-feira, 29 de março de 2016

Como executar programas do Windows (básico)

No meu último post sobre programas alternativos aos do Windows, citei dezenas de ótimos programas para que sua necessidade seja saciada. Porém, contudo, todavia, há quem não tem a mínima vontade de usar algo novo, e para esses o recurso é utilizar o WINE, que nada mais é que uma camada de compatibilidade para se usar programas desenvolvidos para Windows.

WINE é sigla de Wine Is Not an Emulator, ou seja WINE não é um emulador, e pelas definições de emulador, ele não é mesmo, pelo simples fato de ser exatamente a mesma plataforma. É como se você usar o Windows 10 e executar um programa de compatibilidade com Windows 98.


O uso dele é bastante simples, você precisa instalar ele e... só! Já pode sair executando seus softwares desejados. Para instalá-lo basta abrir a central de programas e procurar por WINE ou por Windows e clicar em instalar.

Não há muito o que se preocupar com ele, mas é interessante saber de seu funcionamento. A primeira vez que executar qualquer programa, ele criará um novo prefixo, que é onde ficará a estrutura semelhante ao do Windows com suas próprias DLLs. Esse "C:/" simulado é encontrado no diretório ".wine", na sua pasta pessoal. Como ela é uma pasta oculta, basta você apertar Ctrl+H para que o Nautilus passa a exibir tais diretórios. Para configurá-lo basta abrir o winecfg, onde pode personalizar diretórios, drives, se terá uma área de trabalho virtual, etc.

Caso tenha um programa em mente e esteja curioso para saber se roda ou se precisa de alguma coisinha para rodar, basta procurar no site do WINEHQ, lá tem um grande banco de dados com programas e jogos.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Programas alternativos aos do Windows

Muito do medo de mudar de sistema é ter que aprender a lidar com novos softwares, hoje em dia felizmente a gama é enorme de programas para Linux, sempre terá uma boa alternativa gratuita. Aqui vou listar alguns bons exemplos, todos disponíveis no repositório padrão do Ubuntu:

  • NAVEGADOR DE ARQUIVOS (alternativa ao Windows Explorer)
Nautilus: Toda distribuição vem com seu navegador de arquivos, o Nautilus é o padrão da interface Gnome e também do Ubuntu, ele é muito simples mas sem deixar de ser bonito.


Vale citar: Nemo (padrão do Cinnamon), Dolphin (padrão do KDE) e Caja (padrão do MATE)
  • NAVEGADOR DE INTERNET (alternativa ao Internet Explorer)
Firefox: O bom e velho Firefox, eterno concorrente do IE é normalmente o navegador padrão na maioria das distribuições.


Vale citar: Chromium, a versão "não-proprietária" do Google Chrome, este que também pode ser baixado, apesar que não no repositório oficial do Ubuntu.
  • PACOTE OFFICE (alternativa ao Microsoft Office)
Libre Office: Este pacote de aplicativos pode muito bem ser substituto do pacote da Microsoft, tanto é que eu preferia utilizá-lo mesmo no sistema Windows. Ele possui um ótimo editor de texto, o Writer e um ótimo editor de planilhas, o Calc. Apesar que muitos reclamam, posso ficar horas e horas argumentando, apontando méritos dele, ele é muito mais leve e prático de se usar. Coisas como tabelas, alinhamento, padronização é muito simples de se fazer. É um programa injustiçado por pessoas com preguiça de aprender, julgam porque a função x fica em uma posição diferente do da Microsoft, e o pior de tudo é que muitas vezes quem defende o pacote da Microsoft nem se quer pagam para usá-lo.


Vale citar: Google Docs, o serviço de escritório da Google, totalmente online e é basicamente compatível com qualquer navegador. Não posso esquecer de mencionar também a versão online do Microsoft Office, totalmente gratuito, funciona perfeitamente bem.
  • VISUALIZADOR DE PDF (alternativa ao Adobe Reader)
Evince: Programa extremamente leve, abre rapidamente qualquer PDF.


  • EDITOR DE TEXTO SIMPLES (alternativa ao Bloco de notas)
gedit: Editor de texto leve e objetivo, possui uma boa personalização.


  • EDITOR DE VÍDEOS (alternativa ao Movie Maker)
OpenShot: É até uma comparação meio injusta, pois o OpenShot possui ferramentas muito melhores e é bem fácil de se usar.


  • PLAYER MULTIMÍDIA (alternativa ao Windows Media Player)
VLC: Meu player de vídeo favorito em qualquer sistema, apresenta alta compatibilidade com os mais variados formatos, ótimo suporte para legendas, e para quem gosta de "mexer mais a fundo" opções é que não faltam.


Audacious: Player de áudio básico, com equalizador, playlists, tudo muito simples ao contrário da maioria que se encontra para Linux, visto que geralmente trabalham com bibliotecas inteiras, como um jukebox. O único defeito dele é a interface padrão se assimilar ao Winamp, o que é uma droga na minha opinião, para mudar vá em Arquivo e em Settings, mude a interface para Interface GTK.


Vale citar: Totem, SMPlayer, Gnome MPlayer, ótimos players de vídeo, todos muito leves. Rhythmbox, Banshee e Guayadeque, ótimos players para quem gosta de gerenciar a biblioteca.
  • EDITOR DE IMAGEM SIMPLES (alternativa ao Paint/Paint.net)
Pinta: É um "clone" do programa Paint.NET para Linux, realmente muito bom, fácil de se usar, trabalha com camadas, ideal para pequenas edições como recortes e filtros.


Vale citar: MyPaint, assim como o anterior é uma ótima alternativa para desenhos.
  • EDITOR DE IMAGEM AVANÇADO (alternativa ao Adobe Photoshop)
GIMP: Outro programa injustiçado, ele dá ferramentas o suficiente para realizar qualquer edição que quiser, e julgam ele por preguiça de aprender a usá-lo, na mesma situação do anterior: julgado por pessoas que preferem piratear o Photoshop. A primeira coisa que recomendo a fazer é ativar o modo de janela única, basta clicar em "Janela" e em "Modo de janela única"


  • EDITOR DE DESENHOS VETORIAIS (alternativa ao Adobe Illustrator)
Inkscape: Ótimo programa para desenhar, já me aventurei muito nele há algum tempo, hoje já não tenho tanta paciência porém para quem gosta é uma ferramenta completa.


  • GERENCIADOR DE DOWNLOADS (alternativa ao Free Download Manager)
uGet: Programa leve e prático de se usar, permite que pause e retome os downloads. A primeira coisa que recomendo fazer nele é alterar criar uma nova categoria de downloads, visto que ele salva no diretório Home por padrão, recomendo que mude para a pasta Download. Para usá-lo no Firefox, recomendo a instalação da extensão FlashGot.


  • TORRENT (alternativa ao uTorrent)
QBittorrent: Programa semelhante ao uTorrent porém sem tantos inconvenientes como o tal.


Vale citar: Transmission, programa torrent nativo do Ubuntu, muito simples, extremamente leve, é o programa que eu uso.
  • MONTADOR DE IMAGENS DE CD/DVD (alternativa ao Daemon Tools)
Furius ISO Mount: Monta ISO, IMG, BIN, NG e MDF, sem segredos. Para quem já usou algum programa do tipo, não terá dúvida alguma de como funciona.


  • GRAVADOR DE CD/DVD (alternativa ao Nero)
K3b: Um dos melhores gravadores disponíveis para Linux, funciona muito bem. Ele é o padrão do KDE.


Vale citar: Brasero, é o padrão do Gnome e também no Ubuntu.
  • LEITOR DE EMAILS (alternativa ao Microsoft Outlook)
Mozilla Thunderbird: Este já é velho conhecido, para quem gosta do gênero de software, com certeza já ouviu falar.


Vale citar: Evolution, foi por muitos anos padrão no Ubuntu.
  • CONVERSOR DE VÍDEOS (alternativa ao Any Video Converter)
Handbrake: Um dos melhores conversores de vídeo atuais, não só para Linux mas também para Windows


  • PROGRAMA CAD (alternativa ao Auto CAD)
LibreCAD: Este aqui não sei muito o que dizer, não sou "cadista", pelo mínimo que lembro de como se usava o Auto CAD, este programa atendeu as expectativas, muito leve e em português.


  • GERENCIADOR DE PARTIÇÕES (alternativa ao EaseUS Partition Master)
Gparted: Fácil de se usar, com suporte a vários sistemas de arquivos, pode-se redimensionar, formatar, dividir, etc





Como instalar drivers no Linux

O grande mérito do Linux é o simples fato de que basicamente não há necessidade de instalar drivers, pois a maioria dos dispositivos já são compatíveis nativamente no kernel do sistema. Porém há apenas um caso específico em que é recomendável utilizar drivers proprietários: placas de vídeo da Nvidia.

As placas são sim suportadas por drivers open source, porém a cada nova linha lançada pior fica o suporte e a Nvidia não move uma palha para ajudar, enquanto a AMD está atualmente ajudando o suporte pelo driver open source, ou seja, para essa não é mais necessário drivers proprietário. Mas isso não é o fim da linha, pois esta pelo menos costuma atualizar seus drivers periodicamente, mesmo que muitas vezes há mais regressões do que progresso.

Usar a dash é sempre o caminho mais rápido

Cada distribuição funciona de uma maneira, mas no geral há sempre algum repositório com os drivers para facilitar na instalação. No caso do Ubuntu, já é carregado em seu repositório oficial uma versão estável do driver, basta você abrir "Driver adicionais" pesquisando pela dash do sistema, ou então no painel de Configurações do Sistema e abrir "Programas e atualizações" e lá terá a aba "Drivers adicionais". Basta escolher a versão do driver mais recente disponível e clicar em "Aplicar alterações", ele baixará e instalará automaticamente o driver, após isso basta reiniciar o computador.

O único problema é que como o driver disponível será sempre o último estável no lançamento da versão, pode ser que já esteja datado no momento em que for instalar. Para contornar esse problema há um repositório em que sempre possui o último driver: ppa:graphics-drivers/ppa

Basta você adicionar o repositório no sistema utilizando seu gerenciador de pacotes favorito (falei sobre eles em: Como instalar programas no Linux), ou então copiando a seguinte linha e colando no terminal:

sudo add-apt-repository ppa:graphics-drivers/ppa -y && sudo apt-get update

Após adicionado e atualizado, abra "Drivers adicionais" e lá estará o driver mais recente, aplique e reinicie o computador.

Usando o driver mais recente no momento em que escrevo

domingo, 27 de março de 2016

Como instalar programas no Linux

Hoje desmistificarei uma das coisas que mais afastam usuários do sistema livre, a instalação de programas. É um absurdo o tanto de mentiras que pessoas leigas dizem, que precisa de dezenas de códigos para executar uma simples instalação.

Atualmente a grande maioria dos programas ficam em um repositório, esse que por definição é um local onde se guarda coisas, no caso software. A comunidade ou a empresa por trás da distribuição fica responsável por definir os softwares que estarão disponíveis ali, e fornecerão atualização sempre que for importante (no geral a preferência é por estabilidade e não pelo mais atual), caso a distribuição não tenha um determinado software, nada impede de ter um repositório de terceiro, e dali ter sempre o software mais atual.

Central de Programas do Ubuntu 15.10

Para acessar os repositórios, as distribuições vem com algum gerenciador de pacotes, onde é possível navegar visualmente, onde pode procurar pelo tipo de software que deseja, como programas multimídia, escritório, internet, jogos, etc. No Ubuntu, o programa responsável é a "Central de programas do Ubuntu", o que particularmente eu não gosto e recomendo a instalação do gerenciador de pacotes Synaptic, ou então usar o terminal para agilizar as coisas. Sabe como é né?

Outra forma para instalar é através de um arquivo executável, pode ser um pacote tipo DEB ou RPM dependendo da sua distribuição, ou algum script executável. E por fim a temível compilação.

Falarei brevemente de cada um.

  • POR REPOSITÓRIOS:
Usando gerenciador de pacotes: No Ubuntu o programa padrão é sua Central de Programas, muito simples de se usar, basta abrir, navegar pelos gêneros ou buscar pelo programa desejado. Apertar instalar, digitar sua senha e voilà, pronto para uso.

Pesquisou -> Instalou.

Repositório de terceiros: O Ubuntu utiliza repositórios do tipo PPA, não é raro achá-los na internet pois são bem comuns atualmente. Apesar de ser possível adicioná-los pela Central de Programas, recomendo fortemente o uso do Synaptic (instale-o pela Central de Programas :P). Com o link do PPA "em mãos" abra o Synaptic, clique em configurações e em repositórios.

PPA do emulador Dolphin

Vá para a aba Outros programas e clique em adicionar, digite o endereço do PPA e clique em Adicionar Fonte, e depois em fechar. Na janela principal clique em recarregar, lá em baixo terá a o botão Origem, lá você encontrará seus repositórios organizadinhos, com seu programa favorito sempre na versão mais atual.

Todo o conteúdo do PPA listado

Usando o terminal: É opcional usar o terminal, isso aqui será apenas para que saibam. No Ubuntu o programa responsável por fazer isso por linhas de comando é o apt. Seu uso é muito simples, dê a permissão de root, chame o apt, dar o comando desejado e o nome do programa. Pode parecer complicado, mas é muito mais rápido de se executar.

Como instalar o VLC

Comandos comuns (sem aspas ok?):

"sudo apt-get update": atualiza o banco de dados de aplicativos;
"sudo apt-get upgrade": atualiza os programas quando disponíveis novas versões;
"sudo apt-get install nome-do-programa": instala o programa desejado;
"sudo apt-get purge nome-do-programa": remove o programa desejado (pode-se usar "remove");
"sudo apt-add-repository ppa:link-da-ppa": adiciona o repositório desejado, após esse comando é necessário utilizar o comando update para que o banco de dados seja atualizado;
"sudo apt-get autoremove": quando se baixa um programa, esse pode precisar de baixar pacotes de dependências para que ele possa ser instalado, uma vez instalado esses pacotes ficam inúteis no sistema e podem ser seguramente apagados, o comando autoremove apaga eles de vez.
"sudo apt-get autoclean" e "sudo apt-get clean": apagam arquivos .deb que estão obsoletos no cache.

  • POR EXECUTÁVEIS:
Arquivos DEB/RPM: Está cada vez mais comum a distribuição de arquivos nesses formatos, basta abri-los e instalá-los... Simples assim.

Google Chrome como exemplo

Arquivos de script: Não há como listar todas extensões aqui pois há muitos e aí complica um bocado, mas no geral basta executar e o script faz o resto do processo. No Ubuntu o gerenciador de arquivos é o Nautilus, provavelmente será ele em qualquer outra distribuição que use Gnome. Nele deve-se permitir a execução de scripts como arquivos executáveis, essa opção é desabilitada por padrão por motivos de segurança. Para fazer isso clique em Editar e em preferências, com a janela aberta clique na aba Comportamento, marque "Perguntar cada vez" quando um arquivo de texto executável for executado e pronto, abra o arquivo e siga o procedimento indicado.


Caso o programa não seja detectado como um executável, clique com o botão direito nele, vá em propriedades, com a janela aberta, vá para a aba permissões e clique em "Permitir execução do arquivo como um programa". Pode ser necessário precisar de permissão de administrador, neste caso não há muito recurso, precisa executar o arquivo pelo terminal usando o comando sudo, ou abrir o navegador de arquivos pelo terminal usando sudo (por exemplo "sudo nautilus"), aí você navega até a pasta já como root.

  • COMPILAR PROGRAMAS
Este infelizmente não há como eu ajudar, pois cada programa é peculiar, você precisa saber do que o programa precisa, de quais dependências precisará ser baixada, se precisará de um comando extra, qualquer coisa do tipo, seria ótimo se todos fossem baseados no comando make e make install, porém não é. Todo programa que precisa ser compilado há uma documentação por trás dele, e ali terá as informações que você procura.

Se você acha que isso é o fim do mundo, saiba que tais programas também podem ser compilados no Windows, e digo para você que é bem mais burocrático compilar no Windows, sério, é chato. Hoje em dia basicamente todos os programas são facilmente instaláveis, e só compila quem quiser, é opcional, serve apenas para o conhecimento ou então para usuários avançados que gostam disso.

  • DESINSTALAR PROGRAMAS
Caso alguém tenha dúvidas de como desinstalar, é muito simples, basta fazer o processo inverso,

Abra seu gerenciador de pacotes favorito, procure pelo pacote que deseja desinstalar e nele terá a opção de remover. No caso do Ubuntu, basta você procurar pelo programa através da dash do sistema, clicar com o botão direito e depois em Desinstalar.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Qual distribuição usar?

As distribuições atuais procuram ser bem amigáveis com o usuário, tanto para testá-las, quanto para instalar, seja em um HD limpo ou paralelamente com outro sistema operacional, sendo Linux ou não, inclusive podem ser instalados em um dispositivo USB, sendo possível carregar um sistema completo, com seus documentos e seus softwares em um simples pendrive, ou então gravar em um CD/DVD, sendo bem útil no caso de alguma "emergência".

Bastar baixar a ISO da sua distribuição desejada, lembrando sempre de baixar somente pelo site oficial, e gravar em um CD ou DVD utilizando o software que preferir, ou instalar em um pendrive. No Linux geralmente há um software pré-instalado para gravar distribuições no dispositivo usb ou então usar um gravador de mídia qualquer e apontar para o dispositivo que funciona bem, no Windows há vários programas que permitem gravar a imagem no pendrive, um que eu costumava usar era o Universal USB Installer, programa ridiculamente simples de se usa.


  • Qual distribuição usar?
Se você tem alguma dúvida, é bem porque ainda está entrando no mundo Linux, então serei o mais direto o possível: Ubuntu. Ele é de longe a distribuição mais utilizada no mundo, e por consequência de seus méritos é o também o mais difundido na internet, qualquer dúvida é fácil de ser esclarecida. Essa fama dele não foi a toa, ele é ridiculamente fácil de se usar, vem completo, muito dificilmente sentirá falta de algum software, se precisar instalar algum, ele carrega consigo uma Central de Programas bem completo, que com dois cliques já instala o programa desejado. Outro detalhe importante (criticado por alguns) é que ele permite a instalação de drivers proprietários de forma muito prática.


 O Ubuntu possui um visual bem peculiar, ele é muito bonito mas como gostos são gostos e hardwares são hardwares felizmente tem diversas versões para atender a todo mundo. As opções são: Ubuntu GNOME com o ambiente Gnome, Kubuntu com o KDE, e para PCs mais antigos, Xubuntu com XFCE que ultimamente não é mais TÃO leve como costumava, mas ainda assim é uma boa, Lubuntu com LXDE que particularmente acho bem feinho e por fim Ubuntu MATE que vem com a interface MATE, minha favorita, levíssima, bonita e extremamente customizável (veja Introdução ao Linux).


Seria um pecado eu apenas apontar para "Ubuntus" por aqui, o principal concorrente (no bom sentido) é o Fedora, que é muito utilizado e também é fácil de encontrar ajuda pela internet, extremamente estável, ele é o bom moço da turma, não carrega nenhum tipo de software proprietário, o que acaba perdendo um pouco em usabilidade para iniciantes em relação ao seu "rival" (mas é fácil de ser contornado).


Linux Mint é uma ótima distribuição, ela é baseada no Ubuntu, pegou tudo de bom e aprimorou, já traz consigo codecs e programas proprietários para facilitar ainda mais para o usuário (no Ubuntu é oferecido como uma opção durante a instalação), possui mais repositórios para aumentar ainda mais a gama de softwares. Muitos dos usuários do Ubuntu migraram para o Mint quando o Ubuntu largou a interface Gnome 2 e passou a usar Unity, o que na minha opinião é besteira mas cada um faz o que quer. Um grande mérito também é que a equipe de desenvolvimento é muito caprichosa, o S.O. é muito bonito. Pode-se dizer que é a "casa" dos ambientes MATE e Cinnamon (veja Introdução ao Linux).



Arch Linux é uma distribuição um pouco mais avançada, porém sua comunidade cresce exponencialmente, é a distribuição mais famosa que utiliza o método de atualização rolling release (veja Introdução ao Linux). Tem muito conteúdo na internet também, é uma boa para quem gosta de se aventurar com softwares.

Há outros como ElementaryOS, OpenSUSE e Manjaro que mereciam ser citados, mas eu ficaria eternamente citando nomes. Concluindo: Teste, mas teste mesmo, fique a vontade! É de graça! Teste-os e veja qual mais te agrada, ou qual roda melhor em seu PC, vai que você decida instalar e fazer de um deles seu S.O. padrão? Boa sorte, seja bem vindo ;)